Inventário Biótico do Rio Capibaribe: FAUNA

GRUPO DE PESQUISA: MEDICINA E BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO /UFRPE;
Maria Adélia Borstelmann de Oliveira, MSc/UFPE, Doutora USP (Coordenadora)
Leonardo Mello, Me – Doutorando/UFRPE
Rafaella Cavalcanti, Mestre MDU/UFPE
Silvana Paula
Yumma Bernardo Maranhão do Valle
Marina Falcão Rodrigues

Esta pesquisa objetivou um conhecimento atualizado das condições da fauna habitando o Rio Capibaribe e foi desenvolvido em consonante com o inventário florístico. Com um propósito descritivo, adotou-se a metodologia do Programa de Avaliação Rápida (RAP) comum aos estudos de curta duração. Foram investidas um total de 108 horas, focadas no registro do maior número possível de espécies dos grupos pré-determinados de animais, a saber: invertebrados, peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos. Ressalte-se, contudo, que o objetivo aqui não fora gerar uma lista completa de espécies, mas fornecer dados importantes e, sob muitos aspectos, reveladores acerca da diversidade presente e avistável ao longo do rio. Consideraram-se também aspectos das diferentes e atuais tipologias e fitofisionomias do rio, que vem sofrendo alterações face à crescente ocupação do solo e urbanização propriamente dita. Essa leitura possibilitou a elaboração do gráfico que se segue. O gráfico indica a presença de espécies avistada nas margens do Rio Capibaribe na região dos bairros entre o centro da cidade e a Várzea.

A biota das águas interiores está submetida a uma série diversificada de impactos decorrentes das atividades humanas. A contaminação das águas provocada pelos intensos descartes de efluentes domésticos e industriais, principalmente, alteram a sua composição físico-química. Paralelamente percebe-se a ocorrência de espécies exóticas estabelecidas, tanto animal quanto vegetal, decorrentes, em geral, do manejo inadequado em cativeiro ou introdução intencional.Outro dano grave que se observa ao longo do rio é o de alteração das suas margens provocada pela retirada da vegetação ciliar pelo estreitamento das margens ou por aterros em vários pontos destinados à construções de quebra-mares. Todas essas ações, são responsáveis pela diminuição dos sítios de refúgio e alimento para fauna, alteração do microclima, levando a uma maior evapotranspiração das águas, menor área de drenagem da água das chuvas, e principalmente, pelo aumento dos processos erosivos, podendo comprometer a hidrodinâmica do rio.

Pelo exposto, faz-se essencial a mitigação desses impactos para que o Rio Capibaribe possa continuar mantendo-se vivo. O reestabelecimento florístico, principalmente das margens do rio, é sem dúvida a principal ação recomendada capaz de promover a restauração não apenas ecológica, mas também paisagística.

Fauna e Flora: Mata Ciliar, Mangue e Rio

Fauna e Flora: Mata Ciliar, Mangue e Rio

* A pesquisa completa será disponibilizada aqui em breve.