Grupo de Pesquisa: INCITI/UFPE
LUIZ CARVALHO, MSc – Delft University (coordenador)
RONALDO AULETTA, Arquiteto e Urbanista
WERTHER FERRAZ, Mestre e doutorando MDU/UFPE
O indicador de vulnerabilidade social foi desenvolvido a fim de dimensionar e localizar as áreas com maior concentração de famílias em situação de pobreza e/ou vulnerabilidade. As variáveis que representam esse indicador foram obtidas a partir do Censo Demográfico 2010 e do Cadastro Único de Programas Sociais (agosto de 2010).
Ao analisar os dados, pode-se confirmar que a distribuição das populações com maior nível de vulnerabilidade social no entorno do Capibaribe ocorre de forma muito mais acentuada ao longo da sua margem direita. Essa leitura também coincide amplamente com a leitura dos mapas de distribuição da renda per capita e de delimitação dos aglomerados subnormais. Nesse sentido, pode-se notar também que os espaços de vulnerabilidade maior se encontram, na maioria das vezes, em áreas fronteiriças dos assentamentos demarcados, mostrando claramente um processo mais recente de transbordamento da pobreza. O mapa de vulnerabilidade social mostra que a desigualdade social reflete também a desigualdade do acesso a serviços urbanos. As áreas vulneráveis estão distantes de escolas, equipamentos de saúde e meios de transporte.
O projeto Parque Capibaribe, refletindo um urbanismo sensível às pessoas, busca em suas intervenções promover a acessibilidade e diminuir distâncias entre as margens, o que significa promover o acesso a vantagens econômicas e a serviços presentes na margem esquerda aos moradores menos favorecidos. Pontes e passarelas são propostas para permitir o acesso a bairros separados pelas águas do rio, ensejando maior justiça social. Um sistema integrado de mobilidade ativa é outro componente que beneficia o deslocamento e o acesso a equipamentos e oportunidades econômicas na cidade.
Síntese das oito camadas de informação:
(1) População com rendimento mensal abaixo de R$ 70;
(2) condição de ocupação de domicílio;
(3) forma de abastecimento de água;
(4) sem banheiro privativo;
(5) sem energia elétrica;
(6) Pessoas responsáveis analfabetas;
(7) Crianças de 0 a 6 anos;
(8) Pessoas com 65 anos de idade ou mais.
* A pesquisa completa será disponibilizada aqui em breve.