[:pt]LabCEUS: um princípio.
Ocupar. Tomar ou estar na posse de. Preencher um espaço ou um território. A semântica do verbo, destrinchada no dicionário, possibilita uma série de interpretações, das mais bélicas às mais lúdicas. No entanto, nos últimos anos, a palavra vem ganhando outros contornos e se tornou amplamente representativa para descrever e marcar a ressignificação dos espaços públicos. Ocupe. Com uma urgência imperativa. E como num crescendo, a noção de cidadania tem sido abraçada, literal e figurativamente, em ações, ideias e projetos mundo afora.
É nessa confluência de aspirações coletivas e colaborativas que surge a proposta dos LabCEUS – Laboratórios de Cidades Sensitivas. Realizado pelo INCITI – Pesquisa e Inovação para as Cidades, através de parceria com o Ministério da Cultura e com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o programa tem como missão a promoção da cidadania por meio de interações sociais e tecnológicas, ativando espaços de criatividade cidadã e produção colaborativa.
O objetivo é proporcionar ações de ocupações nos Laboratórios Multimídia dos CEUs para articulá-los com seu entorno, conectando tais espaços com a cidade e promovendo ideias sustentáveis de transformação social. Cada CEU possui um laboratório multimídia dotado de equipamentos e ambientes para o desenvolvimento de atividades que promovam o incentivo, a propulsão, o acesso e a valorização das artes em regiões pouco assistidas por bens e serviços culturais. A ação Laboratórios de Cidades Sensitivas – LabCEUs, foca, portanto, nas ocupações artísticas como forma de organizar e gerir estes espaços, junto à comunidade e à região.
A ideia é oferecer aos cidadãos novos repertórios, possibilidades e caminhos, dialogando com as iniciativas e realidades locais, de maneira a encorajar a apropriação tecnológica para a transformação social. Através do lançamento de chamadas públicas, o programa LabCEUs pretende explorar as potencialidades das produções em rede, apoiadas e facilitadas pelos meios digitais, conduzindo à inovação intelectual e produtiva da atual economia criativa.
As possibilidades de atuação são muitas: de produção em áudio e vídeo à fabricação de artefatos digitais, passando por infra-estruturas autônomas de comunicação, até urbanismo, agroecologia e espiritualidade. O primeiro edital, que será lançado em breve, contemplará Centros de Artes e Esportes Unificados de todo o país, que assumirão o pioneirismo na reinvenção do papel dos telecentros. Estes deixarão de ser meros pontos de acesso a computadores e internet, para serem espaços de produção, experimentação e colaboração, articulando pessoas, territórios, instrumentos e saberes.
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