Você conhece o Baobá da Ponte D’Uchoa?

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Ele fica próximo a esse monumento histórico, debruçado sobre as águas do rio Capibaribe. Trata-se de uma árvore da espécie de origem africana Adansonia digitata, tombada em 1988 pela Prefeitura do Recife, com 15 metros de altura, e diâmetros de dez metros na copa e cinco no tronco! Impressionante e grandiosa, é capaz de emocionar todos os que a conhecem. Não é a toa.

Devido à beleza, grandiosidade, longevidade, e aos simbolismos e usos, os Baobás são considerados árvores sagradas e mágicas em diversas culturas, como indiana, africana e brasileira. Para religiões de matriz africana, representam sabedoria e resistência negra. Há relatos de que africanos escravizados eram obrigados a dar dezenas de voltas ao redor de um baobá, antes de serem embarcados em navios negreiros. Acreditava-se que, ao fazerem isso, depositavam suas crenças para em seguida serem batizados com uma nova identidade cristã-ocidental. Assim, o baobá passou a ser chamado de “árvore do esquecimento”, pois os escravos nela deixavam sua memória e sabedoria.

Uma centena de baobás foi mapeada em Pernambuco, sendo 13 tombados como patrimônio no Recife. Reconhecendo a importância histórica e cultural que essa árvore assumiu na cidade, a Câmara Municipal do Recife instituiu 19 de junho como Dia do Baobá no calendário oficial. O Baobá da Ponte D’Uchoa cumprirá um importante papel na história do Parque Capibaribe. Aguardem as novidades!