O Jardim do Baobá, trecho inicial do Parque Capibaribe no bairro das Graças, e margem do rio Capibaribe, na área no bairro do Derby, receberão a visita do renomado engenheiro agrônomo catarinense Harri Lorenzi nesta sexta-feira (14/10). Referência em botânica, Harri Lorenzi é autor de dezenas de livros sobre plantas e fundador do Instituto Plantarum de Estudos da Flora, que, além de uma editora, conta com uma vasta biblioteca; um laboratório; um jardim botânico com mais de 5 mil espécies vegetais, sobretudo espécies nativas do Brasil. Lorenzi será acompanhado pelo arquiteto paisagista e professor Luiz Vieira, um dos coordenadores do INCITI / UFPE; pelo paisagista Christoph Jung, pelos biólogos Leonardo Melo e Rita Fernandes, pesquisadores do INCITI/UFPE; e do colecionador de palmeiras Gileno Machado.
O INCITI/ UFPE espera promover um diálogo fértil com Lorenzi que com sua grande experiência poderá dar sugestões e orientações para a recuperação ambiental das margens do principal curso fluvial da cidade. O Parque Capibaribe promove uma nova relação das pessoas com o rio, criando condições para hábitos de vida saudáveis, através da valorização da natureza e da paisagem. O Parque é desenvolvido por meio de convênio entre a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), através da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade e o INCITI – Pesquisa e Inovação para as Cidades, grupo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
O roteiro começa, às 14h, no Jardim do Baobá, em seguida o grupo irá para área nas margens do Rio Capibaribe, no Derby, onde está acontecendo o Workshop Internacional de Prototipagem Urbana que visa transformar o espaço com sinalização, mobiliário e iluminação. A visita encerra na sede do INCITI, no Bairro do Recife, onde Harri Lorenzi conhecerá o projeto do Parque Capibaribe, que se estenderá por 30 km, todo o percurso do Rio Capibaribe, articulando espaços públicos existentes em uma área de influência de 42 bairros. Os pesquisadores do INCITI também apresentarão a Lorenzi o projeto de guia de arborização e paisagismo para o Recife, com espécies nativas da nossa flora. A ideia é fornecer um caderno didático, que possibilite a cidadãos e profissionais fazerem escolhas inteligentes na hora de decidir o que plantar em seus jardins ou projetos.
O Jardim do Baobá, marco inicial do Parque, é um verdadeiro refúgio ambiental, frequentado por capivaras, saguis, lontras, entre outros animais. A árvore baobá é tombada como Patrimônio do Recife desde 1988, tem 15 metros de altura, copa com 10 metros de diâmetro e tronco de cinco metros de perímetro. O espaço também é composto por outras árvores, cajazeiros, mangueiras, azeitoneiras, além da vegetação de mangue, e recebeu o plantio de novas espécies nativas da mata atlântica nordestina como pau de jangada e aroeira.
Para dialogar com a grandiosidade do baobá e promover a interação entre as pessoas, três balanços duplos, bancos coletivos e uma mesa comunitária foram instalados no local. Um píer também é uma novidade na área e possibilita a atração de pequenas embarcações. O Jardim está em fase final de implementação, pois ainda receberá iluminação especial com cuidado com a vida animal, novas lixeiras para coleta seletiva, placas de sinalização e informativas sobre a fauna e a flora local.