Grupo de Pesquisa: GIEPES – Grupo Integrado de Estudos e Pesquisa em Economia
da Saúde
TATIANE MENEZES Doutora USP (COORDENADORA)
RAFAEL LIMA Doutor DECON/UFPE
CIRCE GAMA MONTEIRO D.Phil (Oxon) -MSc COPPE/UFRJ
YVES GOMES, Doutor UFPE, Bolsista PNPD pelo Lattice/UFPE
RICARDO CARVALHO, doutorando Pimes/UFPE
INALDO BEZERRA Jr, Mestre e doutorando PIMES/UFPE; PEDRO COELHO, graduando DECON/UFPE.
Como medir o bem-estar da população? Como avaliar o impacto de políticas públicas na qualidade de vida e na felicidade dos habitantes da cidade? As medidas baseadas em crescimento do produto econômico são questionadas atualmente por não traduzirem a realidade da vida urbana. Por isso, são necessárias novas formas de medir e avaliar a prosperidade urbana, visando assegurar que a administração pública esteja tomando decisões e definindo prioridades capazes de afetar positivamente o bem-estar de sua população.
O estudo do Índice de Felicidade Urbana ou do Bem-estar é valioso por três razões. Primeiro, pode ajudar na focalização de questões mais relevantes para a vida das pessoas, assegurando que os tomadores de decisão de políticas públicas ajam de acordo com as necessidades e as preferências da população. Além do mais, ajuda a administrar os conflitos entre diferentes objetivos; todos os quais podem contribuir para o bem-estar, mas também podem colidir uns com os outros, como, por exemplo, questões ambientais e objetivos econômicos. Por fim, o estudo do bem-estar auxilia na identificação de relações entre variáveis que podem se autorreforçar, como, por exemplo: saúde e prosperidade contribuem para o bem-estar, e, por sua vez, um maior bem-estar contribui para uma saúde e uma produtividade maiores, fato que está por trás do aumento da prosperidade.
A pesquisa utilizou como base uma série de outros índices já consolidados no mundo, (WOOQOL,1998, o Gallup-Healthways Well-Being Index (2010), o European Social Survey (2003), o American Community Survey (2010), e o Well Being Project Index) e as dimensões utilizadas para composição do índice foram baseadas nos aspectos que mais seriam impactados pelo Parque Capibaribe. Como subsídio para calculá-lo, foi formulado um questionário que abrange aspectos objetivos e subjetivos do dia a dia do recifense.Foi aplicada uma pesquisa piloto com 58 moradores de bairros na zona parque e um segunda pesquisa com 1807 respondentes. Os dados permitiram testar via análise fatorial (Latif, 1994)a hipótese dos oito fatores, refutá-la e lançar sua substituição por uma hipótese mais parcimoniosa, com cinco fatores que englobam as características dos oito anteriores e possibilitaram reduzir a extensão do questionário. Os resultados indicam o efeito de vizinhança seguido de serviços públicos como fatores de maior peso na estabelecimento do índice de felicidade urbana.
A utilidade desse instrumento vai além da avaliação dos efeitos da implantação do Parque Capibaribe como um espaço de lazer e de mobilidade ativa e tornar-se um instrumento para avaliar o impacto de outros programas ou políticas públicas na qualidade de vida das pessoas que moram nesta cidade.
* A pesquisa completa será disponibilizada aqui em breve.