Foto: João de Oliveira
por Fernando Castro
O Aetrapp é um aplicativo de monitoramento comunitário de populações de mosquitos Aedes Aegypti, responsável por doenças como a zika, dengue e chikungunya. Durante a oficina que ocorreu na manhã desta quarta-feira (29), no Casarão das Artes (Comunidade do Pilar), dentro da programação do Águas: Caminhos para a Sustentabilidade, o idealizador do aplicativo, o pesquisador Oda Scatolini, explicou como surgiu a ideia e apresentou aos participantes como fazer a armadilha caseira para detecção de ovos do mosquito e contribuir para o mapeamento online das áreas com maior incidência de insetos.
Com o objetivo de incentivar a população para participar do monitoramento, o aplicativo permite que os cidadãos sejam protagonistas do processo de reconhecimento dos focos dos mosquitos, gerando dados em tempo real para um melhor direcionamento de esforços e recursos de combate para os locais onde a situação é mais urgente. ‘’Esse monitoramento cidadão não é a única solução contra as doenças causadas pelo Aedes, é apenas mais um método complementar que serve para a população ’’, afirma Oda.
Durante a oficina, os participantes puderam sugerir ideias para melhor funcionamento do aplicativo. Dentre os convidados, estavam presentes alguns funcionários do Programa de Saúde Ambiental da Prefeitura do Recife, que compartilharam como é feito atualmente o monitoramento dos mosquitos Aedes Aegypti, que é de responsabilidade exclusiva do poder público. No Brasil, apenas 30% dos municípios brasileiros são alcançados pelo monitoramento.
Oda Scatolini (Aetrapp) | Foto: João de Oliveira
Participante da oficina, a turismóloga Mônica Granjeiro aprovou o projeto e comentou a importância da implementação nas comunidades. “Acho essa oficina super importante pois o aplicativo vai ser muito eficiente para as comunidades, eu espero que se expanda para todas periferia do Recife, onde possui os maiores focos de mosquito. Essa iniciativa é muito interessante porque ela vai para dentro das comunidades e eu acho que cada comunidade tem que se envolver, eu creio que seja importante nas escolas envolver os alunos, já que é um aplicativo e os jovens têm muita facilidade no uso’’, afirmou Mônica.
A oportunidade de estar lançando o aplicativo em Recife, no Águas – Caminhos para a Sustentabilidade, foi destacada por Marcelo Oliveira, Coordenador Institucional da WWF-Brasil. “A parceria com o INCITI e a participação no Campus de Pensadores Urbanos (UTC) para nós é extremamente significativa, estamos chegando em uma nova cidade, uma região nova que a gente não conhece os atores é muito difícil, então trazer o projeto nesse momento é muito significativo porque expande os nossos resultados”, afirma. “A gente já conseguiu uma reunião com a prefeitura, conseguimos fazer o lançamento do aplicativo na abertura, isso faz com que o produto ganhe credibilidade, você associa seu projeto a instituições já conhecidas’’, complementou Marcelo.